quarta-feira, 11 de abril de 2012

Autopista.

Eu vejo os carros passando lá na autopista
De longe seus faróis me cegam..
Eu corro para alcançar algo que não sei o que é..
Apenas por outrora ter tido fé..

A cidade continua a mesma,
com todas suas arvores e luzes solitárias.
A cidade continua a mesma,
só não tem mais graça..

Recordo-me bem,
quando caminhávamos por aí,
fazendo baderna, tomando uma vodka
Esperando o dia amanhecer para poder voltar..
Brigávamos na rua, pixavamos muros com dizeres de impacto
"God is gay" "A culpa é de quem?" "Se a raiva move o mundo, escolha alguém para matar!"
entre tantos outros..

Recordo-me bem,
daquela noite que dormimos perto das arvores,
a chuva já tinha caído de alturas impossíveis...
mas a grama molhada, nos fez passar a noite úmidos e com frio..
só a vodka nos esquentava, ela era a salvadora da ocasião
pura fuga, uma alucinação...

É, meu bem, sinto falta das nossas viagens,
onde só existia coisas loucas,
como a lebre de março,
de terno e gravata,
dirigindo um mercedez que vinha na autoestrada.

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